Artigos em Revistas Indexadas
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Browsing Artigos em Revistas Indexadas by Author "Nunes, Maria Fátima"
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- DONG: DIÁLOGO ENTRE CINEMA E PINTURA?Publication . Nunes, Maria FátimaO cinema e a pintura. Expressões da cultura, da criação visual. Artes da observação, da representação de realidades internas e ou externas. Linguagens, formas de expressão de sensibilidades, de emoções, de memórias… Formas simbólicas, criadoras de imaginários. Artefactos culturais que buscam criar no recetor um sentimento misto entre a identificação e o distanciamento. Formas de produção imagética eivadas de marcas identitárias do seu criador, que podem dialogar entre si, como podemos ver em muitos filmes em que os cineastas enquadram, pintam na tela o pintor no processo de criação, a sua obra, a sua vida; outros que compõem planos que são intertextos de quadros de pintores conhecidos do público, como é o caso do quadro de Monet, La Gare Saint Lazare, que é atualizado na vista Lumière L’arrivée d’un train en gare de la Ciotat ou no início do filme Aurora de Murnau. O filme sobre o qual incidiu a minha escolha é Dong (2006), um documentário de Jia Zhang-Ke com o pintor Liu Xiadong. Pretendo apresentar uma reflexão antropológica acerca dos olhares do cineasta Jia Zhang-Ke e do pintor Liu Xiaodong para dois mundos política, social, geográfica e culturalmente distintos: China e Tailândia; do corpo enquanto lugar de representação; do papel dos sentidos e das emoções na vida social.
- O ecrã como contraponto em Branca de Neve e ShirinPublication . Nunes, Maria FátimaAquando do aparecimento do cinema sonoro, vários cineastas resistiram durante algum tempo até passarem a integrar o som nos seus filmes. Percebendo que o som podia ir mais longe do que simplesmente reproduzir uma conversa ou uma cantiga, escreveram textos sobre as implicações do sonoro, tais como «Contraponto orquestral», manifesto de Pudovkin, Eisenstein, Alexandrov, 1928, entre outros.No tempo do “cinema surdo” (Chion), a imagem era hegemónica, o som da orquestra ou do pianista ao vivo, tinha um estatuto subserviente, o de acompanhamento das imagens que os espetadores viam no ecrã. No século XXI, alguns realizadores convidam os espetadores a novas experiências sensoriais, novas formas de receção do filme, centradas no som. Branca de Neve de João César Monteiro e Shirin de Abbas Kiarostami são dois dos filmes que escolhemos analisar pelo seu caráter experimental e de abertura de novas pistas à narrativa fílmica, por o ecrã funcionar como contraponto do som e por as palavras ditas que escutamos serem retiradas de textos da tradição literária.
- O espetador: da plateia a sujeito da obra de artePublication . Nunes, Maria FátimaO filme é um objeto, um mero produto até ao momento do encontro entre as imagens, o espetador e a tecnologia de reprodução. É então que ganha vida na mente do espetador. Desde as primeiras projeções do cinematógrafo até aos nossos dias a afirmação “perguntamos a nós próprios se somos simples espectadores, ou atores de cenas de tão espantoso realismo” (Morin 2008, 152) que H. de Parville proferiu depois da experiência da sessão de 28 de dezembro de 1895, reatualizou-se plenamente no filme de Abbas Kiarostami, Shirin (2008), onde o espetador observa o espetador enquanto ator da única cena que é visível no ecrã. Neste texto pretendo refletir sobre a passagem do espetador na plateia ao espetador enquanto sujeito da obra de arte.
- Partilha de uma experiência de cinema na escolaPublication . Nunes, Maria FátimaDesde o seu nascimento, o cinema representou as pessoas no desempenho de atividades quotidianas, profissionais, culturais, lúdicas, inseridas nas sociedades locais. O cinema entendido como instrumento e objeto de conhecimentos, como documento/memória de uma época, de uma cultura, de uma sociedade, como construtor de realidades. A partir de Georges Méliès, o cinema passou a ter um papel importante na construção do imaginário. Depois da Primeira Guerra Mundial, foi usado pelos regimes totalitários, no exercício do poder como um poderoso instrumento de construção de ideologias, de valores, de educação das massas (Walter Benjamin). Face a esta situação rica e complexa das imagens e dos sons enquanto construtores de realidades, de valores, de perceções, de imaginários, de ideologias, o cinema na escola tem um papel primordial no ensinar a ver os filmes, na formação do olhar.
- Useless: o operário, o artista, o artesãoPublication . Nunes, Maria FátimaBreve biografia de Jia Zhang-ke. Análise semiótica e antropológica do filme do realizador chinês, Jia Zhang-ke, Useless.
- A «viagem» de sucesso de Tsou Poe TsingPublication . Nunes, Maria FátimaPretendo refletir sobre a viagem da China para Portugal empreendida por Tsou Poe Tsing, um dos imigrantes pioneiros de origem chinesa que chegou ao Porto, nos anos 1920. Contudo, como a viagem foi apenas o início da mudança de vida de Tsing, que constituiu um exemplo para a pequeníssima comunidade chinesa em Portugal, proponho-me narrar a sua história de vida, desde a viagem, à inserção na sociedade de acolhimento, à mobilidade social. Basear-me-ei em palavras e imagens da memória de um dos seus filhos, Fernando Tsou, fixadas no documentário Pioneiros, palavras e imagens da memória, e ainda em outras vozes de pessoas que o conheceram, outros textos, outras imagens que serão um contraponto à informação recolhida no trabalho de campo.