Textos em volume de atas de encontros científicos nacionais e internacionais
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- O contacto no acolhimento familiar. O que pensam as famílias de acolhimento e de origem e quais os desafios que se colocam para o desenvolvimento da sua relaçãoPublication . Delgado, Paulo; Carvalho, João; Pinto, Vânia; Oliveira, JoanaQuando uma criança ou jovem maltratada é retirada da sua família e passa a viver em acolhimento familiar, o contacto entre a sua família de origem e a família de acolhimento é inevitável, mas coloca questões complexas. A relação que se estabelece, de modo direto ou indireto, entre os acolhedores e a família da criança acolhida, pode-se pautar pela recusa ou pela aceitação, pela cooperação ou pelo conflito, e depende de um vasto e complexo grupo de fatores interdependentes, como a disponibilidade da família de origem, o tempo de permanência no acolhimento, os tipos de maus tratos sofridos, o percurso no sistema de proteção, a postura dos acolhedores, o acompanhamento prestado pela equipa de acolhimento, etc. (Moyers, Farmer, & Lipscombe, 2006; Osborn & Delfabbro, 2009; Sen & Broadhurst, 2011). Os acolhedores desempenham um papel central no relacionamento entre a criança e a sua família de origem, que é reconfigurado com a colocação. Espera-se que a família de acolhimento seja capaz de amar e de educar de modo comprometido, e de gerir a relação e os contactos com a família de origem, de modo a contribuir para a transição que a criança venha a fazer, no curto, médio ou longo prazo, conforme se concretizar o seu projeto de vida. O desenvolvimento de uma boa relação com a família de origem facilita, em princípio, o contacto e a própria integração da criança. Produz potencialmente efeitos benéficos na criança, de que são exemplos: o fortalecimento da sua identidade; a diminuição da ansiedade e de um possível sentimento de culpa; a redução dos sentimentos de perda e de rejeição; e a promoção da autoestima (Triseliotis, 2010). O estudo desta temática assume uma relevância crescente perante a necessidade de se conhecerem os parâmetros do contacto, de modo a potenciar as variáveis que promovem a relação entre aqueles atores, e a controlar e a gerir as condicionantesassociadas a resultados mais pobres ou inaceitáveis, que podem, inclusive, conduzir ao abandono da criança por parte dos seus pais durante o acolhimento, ou à rutura do próprio acolhimento (Vanderfaeillie, Van Holen, & Coussens, 2008). Este estudo pretende refletir sobre o contacto entre acolhedores e a família de origem da criança, normalmente os seus pais, identificar os obstáculos para a sua realização, e analisar o modo como as famílias de origem e as famílias de acolhimento se relacionam, assim como percecionam e avaliam a realidade. Numa fase inicial, descrevemos o perfil das famílias de origem e das famílias de acolhimento, recorrendo a um estudo realizado no distrito do Porto, que carateriza o acolhimento familiar e o perfil dos seus protagonistas (Delgado et al., 2013), e que disponibiliza dados referentes a 214 famílias de origem e 168 famílias de acolhimento. Este estudo será complementado com dados que foram recolhidos recentemente, num segundo estudo que aborda o contacto no acolhimento familiar no mesmo território (Delgado et. al, 2016). Num segundo momento, o trabalho apoia-se numa abordagem de cariz qualitativo, com base na análise das entrevistas realizadas a uma amostra de 10 famílias de origem e 10 famílias de acolhimento do distrito do Porto. Pretende-se com esta triangulação cruzar a perspetiva dos protagonistas da medida, detetando concordâncias e discordâncias que, no seu conjunto, constroem uma interpretação avaliativa dos resultados do contacto entre os acolhedores e a família de origem da criança acolhida.Ao nível das principais dificuldades para a realização do contacto, pode-se destacar que os acolhedores identificam a relação com a família de origem, enquanto as famílias de origem identificam por sua vez as dificuldades económicas. Apurou-se igualmente que as famílias de origem percecionam a relação com os acolhedores como de maior qualidade do que quando são os acolhedores a avaliar a relação. Os resultados apurados permitem concluir que é importante: (1) desenvolver processos de cooperação regulada, que melhorem a comunicação e a relação entre os acolhedores e as famílias de origem; (2) desenvolver um trabalho mais atento e disponível com os pais, de apoio à separação, de acompanhamento e de recuperação das competências parentais; (3) disponibilizar recursos que facilitem as viagens e suportem as despesas das visitas; e (4) promover processos de formação e de apoio educativo que esclareçam os processos, os papéis, as finalidades e os potenciais resultados das decisões, e abordem especificamente as questões da diversidade cultural.
- Possibilidades e Dilemas do Contacto das Crianças e Jovens com a Família de Origem no Acolhimento FamiliarPublication . Delgado, Paulo; Pinto, Vânia; Carvalho, João M. S.
- Designing and Testing an AHP Methodology to Prioritize Critical IC Elements for Product InnovationPublication . Costa, Ricardo; Ramos, Ana PaulaIntellectual capital has for thepast decadesbeen evidenced as na importante source of competitive advantages and differentiation at the firm level. At the same time, innovation has become a critical factor for companies to ensure their sustainability and even their survival in a globalized market. Having in mind these two crucial concepts for business success, this study intends to build on the relationshipsbetween intelectual capital and product innovation at the firm level. Specifically, we will design and test a model based on the Analytic Hierarchy Process (AHP), whose aim istoallowthe prioritization of intelectual capital elements according to their relative importance for product innovation performance at the firm level. The main goal of this research is to build a diagnosis and action tool that helps business managers incorporate na intelectual capital perspective to their product innovation initiatives. This framework will help managers to better understand which intelectual capital elements are more critical to their product innovation efforts, and thereby systematize actions and clarify resource allocation priorities to improve their product innovation capabilities. In order to validate the practicability of this proposal, the methodology was empirically applied to a Portuguese innovative small and médium enterprise (SME).
- The Influence of Relational Capital on Product Innovation Performance at Innovative SMEsPublication . Dorrego, Pedro Figueroa; Costa, Ricardo; Fernández, Carlos Fernández-JardonThe authors build on the intellectual capital and new product development perspectives to study the influence of relational capital on product innovation performance. An empirical research was conducted, using a questionnaire administered to Portuguese innovative SMEs. The results suggest that relational capital does have a positive effect on product innovation performance. In particular, ”Vertical relationships” stands out as the main relational capital element significantly affecting product innovation at the innovative SMEs level. The existence and proactive management of relationships with customers and suppliers emerge as critical factors to product innovation success. We find our results to be useful for both researchers and practitioners: at the intellectual capital level, we contribute to the ongoing understanding of relational capital’s impact on critical business activities; at the product innovation level, we contribute to the identification of additional critical success factors for new product development. At a time when intellectual capital and product innovation management are both considered to be critical for companies to gain a competitive edge (and even survive) in today’s unstable business environment, this study contributes to acknowledge the relevance of relational capital management on product innovation success at innovative SMEs.
- Sovereign CDS Contagion in the European Union: A Multivariate GARCH-in-Variables Analysis of Volatility Spill-OversPublication . Oliveira, Maria Alberta; Santos, CarlosA GARCH-with-variables model is used to assess volatility contagion in the Eurozone Debt Crisis. Credit Default Swaps on sovereign debt with 3 years maturity are used as a reference financial instrument, covering the sample period from 2008-2013. Daily data on Credit Default Swaps is used. We conclude that there is strong statistical evidence of volatility contagion in CDS spreads from the Eurozone periphery to its core. However, the direction of contagion is contingent on the periphery and core countries being assessed. As such, German 3 year CDS on sovereign debt mean equation is to vulnerable to Portuguese and to Greek CDS volatility, whilst German sovereign CDS volatility is vulnerable to greek one day lagged sovereign volatility. Differently, France’s sovereign debt Credit Default Swaps are only exposed to Spanish and Italian sovereign CDS in the mean equation. Exposure to greek lagged one day volatility exists as well.