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Browsing Capítulo de livros by Subject "acolhimento familiar"
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- O Contacto no Acolhimento Familiar: Novelos do passado, linhas do presente, laços do futuroPublication . Bertão, Ana; Ferreira, M.; Oliveira, J.; Carvalho, João M. S.O acolhimento familiar constitui, na maioria dos países ocidentais, a primeira e a mais expressiva resposta de colocação de crianças que são retiradas às suas famílias biológicas, proporcionando-lhes um contexto familiar estável, decisivo para o seu processo de desenvolvimento. Neste processo ganha especial importância o contacto com as famílias de origem, quando daí não resulte qualquer dano para a criança, de forma a mitigar sentimentos de abandono e de rejeição e preparar a reunificação familiar, se tal for possível e desejável. Em Portugal, o acolhimento familiar encontrase institucionalizado desde a década de setenta do século passado e constitui-se como uma medida residual, verificando-se inclusivamente um decréscimo da aplicação da medida nos últimos anos. Esta comunicação tem como objetivo contextualizar brevemente esta medida de proteção à infância e apresentar os contornos metodológicos, bem como os primeiros resultados, do Projeto de Investigação “O Contacto no acolhimento familiar: padrões, resultados e modelos de gestão”. É necessário construir conhecimento acerca do contacto entre famílias e crianças em acolhimento familiar, nomeadamente ao nível da identificação dos autores das visitas, dos locais onde ocorrem, da determinação da sua frequência e das reações emocionais e comportamentais da criança após as visitas. Mas este conhecimento deverá ser útil ao desenvolvimento dos sujeitos, resultando dele a transformação dos contextos mais vulneráveis e ficando disponível para a avaliação da medida do acolhimento familiar.
- A Permanência no Acolhimento Familiar. Uma resposta para as crianças e jovens em perigo, um desafio para a sustentabilidade socialPublication . Delgado, Paulo; Pinto, Vânia; Carvalho, João M. S.; Martins, TeresaA sustentabilidade social está inter-relacionada com a forma como cada comunidade, no seu contexto, é capaz de gerir os programas sociais e disponibiliza as respostas de proteção adequadas às necessidades dos sujeitos que são, neste caso, as crianças e os jovens em perigo. A permanência no acolhimento é uma variável importante na gestão das respostas sociais, porque pode garantir a estabilidade que muitas crianças e jovens necessitam, promovendo a manutenção de relações duradouras que têm um impacto positivo ao nível do seu bem-estar e desenvolvimento integral. A partir de uma descrição do sistema de proteção português, com particular enfoque na resposta de acolhimento familiar, pretendeu-se caracterizar a colocação de longo prazo e refletir sobre a permanência no acolhimento. Esta análise teve por base os relatórios de caracterização das crianças e jovens em situação de acolhimento (Instituto da Segurança Social, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013), e os resultados do projeto de investigação «O Acolhimento familiar no Distrito do Porto», que foi desenvolvido no âmbito do InEd- Centro de Investigação e Inovação em Educação da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Este projeto apresenta como principal objetivo a caracterização e análise do acolhimento familiar, bem como a identificação de critérios de qualidade determinantes para a implementação desta resposta social. Os dados foram recolhidos a partir do preenchimento de uma grelha pelo técnico de acompanhamento da colocação, relativamente a 289 crianças e jovens, e através de 52 entrevistas realizadas a acolhedores/as (Delgado et al., 2013). O sistema de proteção português está direcionado para a medida de acolhimento em instituição, onde se encontravam 95,1% das crianças acolhidas em 2012, e para um longo período de permanência, uma vez que 33,8% das crianças e jovens estavam integrados há mais de 4 anos. A partir da análise das crianças e jovens em famílias de acolhimento do distrito do Porto é possível observar que 79,6% permanecia em acolhimento há mais de 4 anos. Compreende-se que a maioria permanecia na mesma família de acolhimento, desde a entrada no sistema de proteção e que apresentava como projeto de vida a autonomização, estando prevista a continuidade na família de acolhimento até à maioridade ou término da medida. Por sua vez, os acolhedores/as classificaram maioritariamente as colocações como experiências de sucesso, considerando existir uma evolução muito positiva do desenvolvimento da criança ou jovem em acolhimento e avaliaram os laços estabelecidos ao longo da estadia como próximos ou idênticos aos que caracterizam a filiação. No contexto das medidas de promoção e proteção de crianças e jovens, a sustentabilidade social concretiza-se na possibilidade de seleção de um meio familiar alternativo que garanta, de modo provisório ou contínuo, o bem-estar, os cuidados de saúde, a habitação, a educação, ou seja, a proteção e o desenvolvimento integral das crianças e jovens.