Browsing by Author "Martins, Teresa"
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- Decisão de retirada, acolhimento e reunificação: A perspetiva dos estudantes portugueses das ciências sociais e humanas.Publication . Martins, Teresa; Carvalho, João M. S.; Delgado, PauloPerante contextos familiares de negligência ou maus-tratos, o Estado interfere para salvaguardar o desenvolvimento e o bem-estar da criança ou jovem em perigo. Este estudo propõe-se compreender as representações que 200 estudantes do Ensino Superior, das áreas das Ciências Sociais e Humanas, têm sobre o sistema de proteção. Conclui-se que os estudantes são mais favoráveis à retirada da criança ou jovem com preferência pela institucionalização face ao acolhimento familiar. Este facto é um sinal de alerta para a necessidade de uma formação inicial mais abrangente e integradora das várias respostas possíveis, para que se possa privilegiar, de facto, o superior interesse da criança.
- Decisão, risco e incerteza: retirada ou reunificação de crianças e jovens em perigo?Publication . Delgado, Paulo; Carvalho, João M. S.; Pinto, Vânia; Martins, TeresaThis study aims to better understand what influences and determines decisions in contexts characterized by complexity and uncertainty, and contributes to the development of recommendations for practice. Based on the work of Davidson-Arad and Benbenishty (2008, 2010), we intended to understand how students from higher education, in scientific areas related to professions involved in decision making processes of children and young people at risk individual care plan, would decide in the presence of a specific case with different scenarios. Participated in the study 200 university students from different regions of Portugal. We used a factorial design (2×2) that involved a questionnaire vignette with four versions. The questionnaire describes the case of a child suspected of being a victim of violence and requires the students to make a decision about the kind of intervention that should be applied in that moment. In addition they must also decide, if the child was removed from her home, whether or not the child should be reunited with the biological family after two years. Among the key findings we highlight the fact that students recognized the risk posed to the child as suffering significant physical and emotional harm. Nevertheless, most decided in favour of an intervention with the biological family, avoiding the removal of the child from their life context. However, in the case of a decision favouring foster care, the majority of the students considered that the child should remain with the foster family when they were asked to reassess the case after two years. It is noted, with statistical significance, that the decision was influenced at first by the agreement or not of the mother to withdrawal and secondly by the child’s desire to be reunited or not with the birth family. We concluded that the development of professional evaluation criteria and decision making should be addressed by including in the curriculum of higher education programmes in the field of child protection, the study of the criteria for the withdrawal, the conditions for the reunification and the advantages of involving the child and the biological family in the intervention.
- A Permanência no Acolhimento Familiar. Uma resposta para as crianças e jovens em perigo, um desafio para a sustentabilidade socialPublication . Delgado, Paulo; Pinto, Vânia; Carvalho, João M. S.; Martins, TeresaA sustentabilidade social está inter-relacionada com a forma como cada comunidade, no seu contexto, é capaz de gerir os programas sociais e disponibiliza as respostas de proteção adequadas às necessidades dos sujeitos que são, neste caso, as crianças e os jovens em perigo. A permanência no acolhimento é uma variável importante na gestão das respostas sociais, porque pode garantir a estabilidade que muitas crianças e jovens necessitam, promovendo a manutenção de relações duradouras que têm um impacto positivo ao nível do seu bem-estar e desenvolvimento integral. A partir de uma descrição do sistema de proteção português, com particular enfoque na resposta de acolhimento familiar, pretendeu-se caracterizar a colocação de longo prazo e refletir sobre a permanência no acolhimento. Esta análise teve por base os relatórios de caracterização das crianças e jovens em situação de acolhimento (Instituto da Segurança Social, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013), e os resultados do projeto de investigação «O Acolhimento familiar no Distrito do Porto», que foi desenvolvido no âmbito do InEd- Centro de Investigação e Inovação em Educação da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Este projeto apresenta como principal objetivo a caracterização e análise do acolhimento familiar, bem como a identificação de critérios de qualidade determinantes para a implementação desta resposta social. Os dados foram recolhidos a partir do preenchimento de uma grelha pelo técnico de acompanhamento da colocação, relativamente a 289 crianças e jovens, e através de 52 entrevistas realizadas a acolhedores/as (Delgado et al., 2013). O sistema de proteção português está direcionado para a medida de acolhimento em instituição, onde se encontravam 95,1% das crianças acolhidas em 2012, e para um longo período de permanência, uma vez que 33,8% das crianças e jovens estavam integrados há mais de 4 anos. A partir da análise das crianças e jovens em famílias de acolhimento do distrito do Porto é possível observar que 79,6% permanecia em acolhimento há mais de 4 anos. Compreende-se que a maioria permanecia na mesma família de acolhimento, desde a entrada no sistema de proteção e que apresentava como projeto de vida a autonomização, estando prevista a continuidade na família de acolhimento até à maioridade ou término da medida. Por sua vez, os acolhedores/as classificaram maioritariamente as colocações como experiências de sucesso, considerando existir uma evolução muito positiva do desenvolvimento da criança ou jovem em acolhimento e avaliaram os laços estabelecidos ao longo da estadia como próximos ou idênticos aos que caracterizam a filiação. No contexto das medidas de promoção e proteção de crianças e jovens, a sustentabilidade social concretiza-se na possibilidade de seleção de um meio familiar alternativo que garanta, de modo provisório ou contínuo, o bem-estar, os cuidados de saúde, a habitação, a educação, ou seja, a proteção e o desenvolvimento integral das crianças e jovens.